20.5.09

Vendedor de vassouras

Vendedor de vassouras em rua do centro da cidade, em imagem de Vincenzo Pastore, circa 1910. Centro da cidade. Provavelmente rua Direita, entre as ruas São Bento e Quintino Bocaiuva. Acervo IMS.

Esse é o sr. Osmar, que vende vassouras há mais 20 anos. Resistindo ao medo que as donas de casa têm de ladrões, continua batendo de porta em porta e vendendo os seus produtos. Apesar de ser cego, conhece toda sua clientela e não se atrapalha na hora de mostrar os diferentes tipos de vassouras e espanadores que carrega.

Aqui, um link interessante, que fala um pouco mais sobre os vassoureiros e outros tipos de vendedores folclóricos.
"A venda de vassoura é feita em geral por desempregados e aposentados, por homens cegos ou que passam por cegos para vender.
No século XIX, os vassoureiros eram originários de Portugal, hoje vêm praticamente de todas as regiões do Brasil. há, no entanto, descendentes de espanhóis e de italianos. Essa atividade vem sendo desenvolvida há mais de um século no Brasil, por indivíduos de sexo masculino. Por volta de 1860, época que provavelmente teve início a atividade, os vassoureiros eram empregados de fábricas, raramente trabalhavam por conta própria. Hoje, o vendedor ambulante de vassoura, rodo e espanador de pó, trabalha por conta própria; a grande maioria faz dessa atividade um bico, isto é, trabalho extra.
A venda de vassoura difere das demais vendas feitas pelas ruas e de porta em porta, porque o vassoureiro não precisa apregoar o produto, mas transportá-lo e exibi-lo de maneira visível, pois os artigos não tem substitutos similares. O transporte é feito de maneira simpática e criativa, às costas, nos ombros e braços. Os vendedores carregam sempre um feixe de vassouras na mão direita: ele é usado à guisa de mostruário e de bastão, pois servem de apoio nas paradas diante das casas ou pela rua, para descansar." Maria Rita da Silva Lubatti

2 comentários:

Roberto disse...

adoro o seu olhar sobre o mundo, que ve nas pequenas coisas do quotidiano uma grande riqueza. saudades.
Roberto Cecato

Elisa disse...

Oi Roberto! Pois é... o jeito é tentar continuar viajando na nossa própria casa... é difícil manter os olhos frescos no meio deste ritmo alucinante da nossa cidade. Um beijo pra você e pra família. Com saudade, Elisa